Olá, sabadistas!
Esta é a primeira newsletter do Um Sábado Qualquer. Eu ouvi um aleluia?
Já são mais de doze anos de existência e, mesmo muito feliz em ter dado tudo certo até aqui, não quero ficar parado; meus objetivos são sempre ficar atento às tendências e me aproximar de vocês, descobrindo quem são, o que fazem, do que se alimentam… Por isso, todo sábado vai chegar nas suas caixas de entrada um conteúdo fresquinho, preparado com muito carinho e água benta.
Espero que gostem desse novo formato e que espalhem a palavra. Mandem sugestões, elogios, críticas… Enfim, o que quiserem. Os deuses certamente lhes abençoarão porque por aqui a reza é entregue com mais sucesso.
Até semana que vem e fiquem com os deuses!
Carlos Ruas
Se você vivesse por 5 mil anos, qual seria a sua religião?
Por Carlos Ruas
O Deus em que você acredita hoje é sorteado baseado na sua época, cultura, tradições e região, e posso exemplificar isso. Vamos juntos.
Se você vivesse por 5 mil anos, veria de perto a expansão do império romano, um dos maiores que já existiu, e levaria a palavra de Zeus para todos os cantos da Europa, Ásia e África; faria oferendas, frequentaria cultos e pediria a proteção de Zeus. Porém, também presenciaria o fim desse império. Zeus, então, viraria um ser mitológico.
Agora, você viveria com os nórdicos. Observaria que a fé deles era tanta, que se matavam em nome de Odin nas batalhas para alcançar a salvação. Passaria a cultuá-lo, realizaria rituais, sentiria a sua presença e se prepararia para o reino de Valhalla. Mas, como o império romano, a era nórdica chegaria ao fim. Odin seria a nova mitologia do pedaço.
O império persa, com Ahura Mazda, acabaria; o egípcio, com Rá, também acabaria. Isso sem contar com outras civilizações, povos, tribos e seus respectivos deuses ao redor do globo.
Então, te pergunto: qual é o seu Deus hoje e por que ele é mais importante do que o de ontem e o de amanhã? Com deuses se tornando mitologia por regra, e não exceção, por que acreditaria no próximo da lista? Lembre-se que, nessa loteria divina, você sempre estará no paraíso de um e no inferno de outro.
Quando você observa as coisas e pessoas por um ângulo histórico, usando a régua dos 5 mil anos, é fácil perceber o quanto a sua própria vida é apenas um pixel do todo, e o Deus em que acredita, mais alguns pixels preenchidos – e só. Ele é apenas mais um em um mar de deuses; e, talvez, estes deuses sejam apenas formas de preencher as lacunas do que não sabemos explicar, e quando sabemos, o espaço que eles ocupam fica menor (a teoria do Deus das Lacunas).
A religião traz um conforto espiritual fantástico: responde todas as perguntas que geram angústia; desvenda e traz os segredos do universo; cria união entre pessoas com os mesmos interesses e faz você se sentir importante em participar dos “planos de divinos”. Deus é um ótimo substituto ao colo de mãe e preenche a nostalgia que sentimos quando adultos, pois nos dá a mesma sensação de sermos protegidos por alguém superior.
Como negar tudo isso? Como não querer ter Deus na própria vida? Como recusar a eternidade no paraíso? Mas, para mim, acima dessas questões, há uma mais relevante ainda: acreditamos em deuses porque eles são verdadeiros ou apenas porque nos trazem conforto?
Então, te convido a refletir: se você vivesse por 5 mil anos, qual seria a sua religião?
Tiras da semana
Dicas do Ruas
Essa semana assisti ao filme “O Esquadrão Suicida”, que está disponível na HBO Max e… Adorei! Ele não se leva a sério e é isso que faz dar certo. As piadas funcionam, os personagens são marcantes e as sátiras são ótimas (sem dar spoiler, peço que você preste atenção no “Pacificador”, ele representa os EUA muito mais do que o “Capitão América…).
Também estou jogando “Hollow Knight”. Eta joguinho viciante! Bate aquela saudade do Mega Men, já que me parece ser uma inspiração. São vários mundos e cada um deles é repleto de enigmas, que só são desvendados conforme o personagem ganha novos poderes. Esse jogo é pra quem tem paciência, porque é um constante ir e vir no labirinto.
De onde viemos?
No meu canal do Youtube, iniciei uma série falando sobre os criacionismos, contando como o mundo e a humanidade surgiram a partir de pontos de vista de várias religiões. Quer saber mais sobre o criacionismo egípcio? Clique abaixo:
Esse também é o tema do meu novo livro, o “De onde viemos”. A campanha está rolando no Catarse e já batemos várias metas, o que significa várias recompensas incríveis! Todos os livros apoiados agora serão autografados por mim. Se quiser saber mais, é só acessar esse link:
Capa bonita, capa bem feita, capa formosa: